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Principais diferenças entre cães e gatos, segundo a ciência!

Os pets mais populares entre as pessoas despertam muito interesse pelos seus hábitos e personalidade. Porém, essa curiosidade pode levar a uma certa competição entre os tutores para determinar qual seria o melhor animal de estimação, fazendo com que informações falsas sobre os dois peludinhos sejam espalhadas. 

Assim, decidimos trazer para vocês algumas diferenças reais entre cães e gatos que são comprovadas – e explicadas – pela ciência! Vamos lá? 

Os cães possuem mais neurônios do que os gatos… Na verdade, o dobro! 

Em um estudo realizado por uma equipe de pesquisadores de seis universidades diferentes nos EUA, Brasil, Dinamarca e África do Sul, revelou que o cérebro dos cães possui, em média, 530 milhões de neurônios, mais do dobro dos 250 milhões encontrados no cérebro do gato.

Isso significa que os cães são cognitivamente mais capazes de processar informações do que os gatos. Assim, com base na quantidade de neurônios encontradas, os estudiosos indicam que os cães teriam a mesma inteligência dos guaxinins e leões, enquanto os bichanos seriam tão inteligentes quanto os ursos. 

Porém, se você acha 530 milhões, ou até mesmo 250 milhões, são super impressionantes… Bem, calma lá! Essa quantidade de neurônios representa apenas 3% da capacidade de processamento dos seres humanos, que chega a 16 bilhões de neurônios. 

 

Os gatos foram domesticados BEM depois dos cães. 

Aparentemente, a nossa primeira escolha de companhia animal foi o cão. Segundo pesquisadores, os fósseis mais antigos de cachorros datam entre 20 e 40 mil anos atrás, enquanto os primeiros gatos domesticados só teriam começado a conviver com os humanos há cerca de 10 mil anos. 

A hipótese mais aceita sobre como os gatos selvagens tornaram-se nossos parceiros diz que eles teriam sido atraídos para os vilarejos no Oriente Médio pela presença de ratos nos arredores de onde os agricultores armazenavam os seus grãos. Com o tempo, os gatos teriam se adaptado à essa vida e se tornaram mais próximos dos humanos. Há ainda uma outra vertente de estudos sobre gatos na região da China, onde, segundo a pesquisadora Fiona Marshall da Universidade de Washington, os gatos teriam sido domesticados para serem usados no controle de pestes na antiguidade. 

Em relação aos cães, a teoria dominante é que os lobos teriam sido atraídos para as comunidades humanas por conta dos restos de carne animal lá presentes. Os humanos teriam percebido que a sua presença era benéfica para eles, oferecendo proteção contra ameaças e invasores, e as duas espécies acabaram por começar a conviver naturalmente.

Porém, um novo estudo finlandês, publicado na revista Scientific Reports, vai além e propõe que essa aproximação teria acontecido na Eurásia em uma época de frios muito rigorosos, quando a quantidade de comida disponível para os humanos era muito superior ao que seriam capazes de comer, segundo cálculo dos pesquisadores. As sobras, teriam sido comidas pelos lobos e, sem precisar competir por alimento em ambiente de condições extremas, os animais tornaram-se mais dóceis e receptivos aos humanos e a aproximação teria acontecido gradativamente.

 

Os cães conseguem sentir o gostinho dos doces… Os bichanos, não

Os donos de gatos não nos deixam mentir: os peludinhos são bem indiferentes quando o assunto é doce. Um estudo de 1970 realizado em Monell revela que esse mesmo comportamento é observado em gatos selvagens, leões, tigres, leopardos e onças. 

Com isso em mente, pesquisadores resolveram buscar explicações para essa atitude e descobriram os possíveis motivos desse desapego dos gatinhos pelo açúcar: “os felinos são incapazes de detectar compostos de sabor doce, como açúcares e adoçantes de alta intensidade, porque o seu receptor de sabor doce é defeituoso”, comenta Xia Li, PhD, principal autor do estudo. O receptor de doce seria composto por duas subunidades de proteína, conhecidas como T1R2 e T1R3, porém o dos felinos apresenta defeito no gene que codifica a proteína T1R2. O resultado: eles se tornaram “blé” para doces. 

Enquanto isso, os cães apresentam receptores para os mesmos tipos de sabores que os humanos, ou seja, podem sentir o doce, azedo, amargo, picante e salgado. Ainda assim, estudiosos indicam que os cães não são “tão ligados” no sabor do sal quanto a gente, resultado de uma dieta ancestral com muita carne, mas pouco sal. Os cães são especialmente interessados nos sabores doces, possivelmente resultado da mesma dieta ancestral incluir frutas silvestres ricas em açúcares naturais.

E aí, qual curiosidade você achou mais surpreendente? Nos conte nos comentários!

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